A alimentação do ser humano sofreu grandes alterações ao longo da história. Inicialmente, na Pré-história, os alimentos ingeridos eram crus e se resumiam a folhas, raízes e frutos. Com a criação de instrumentos, ainda na Pré-história, foi possível ao homem começar a caçar e a pescar alguns animais, o que alterou profundamente seus hábitos alimentares: deixou de ser herbívoro (vegetariano) e passou a ser carnívoro. Por fim, com a descoberta e o domínio do fogo, os alimentos também puderam ser cozidos. No entanto, há registros de que alguns povos, antes mesmo da descoberta do fogo, já cozinhavam os alimentos em fontes termais e gêiseres.
(Gêiseres: Fontes termais que entram em erupção, ou seja, jorram água quente e vapor para o ar. Essas formações são encontradas em regiões vulcânicas.)
Comer não é um ato solitário ou autônomo do ser humano, ao contrário, é a origem da socialização, pois, nas formas coletivas de se obter a comida, a espécie humana desenvolveu utensílios culturais
diversos, talvez até mesmo a própria linguagem. O uso do fogo há pelo menos meio milhão de anos trouxe um novo elemento constituidor da produção social do alimento. A comensalidade é a prática de comer junto, partilhando (mesmo que desigualmente) a comida, sua origem é tão antiga quanto a espécie humana, pois até mesmo espécies animais a praticam.
CARNEIRO, Henrique S. Comida e sociedade: significados sociais na história da alimentação,
in História: Questões & Debates, Curitiba, n. 42, p. 71-80, 2005. Associação Paranaense
de História. Programa de Pós-Graduação em História da UFPR. Disponível em:
<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/historia/issue/view/301%20CZN_C1_004>. Acesso
em: 9 maio 2012.
Se tiver oportunidade, assista ao filme A guerra do fogo (direção de Jean-Jacques Annaud, 1981). Ele trata da evolução do ser humano em um período da Pré-história, mostrando o desenvolvimento da linguagem e o domínio do fogo.
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